terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BIG BROTHER ÁFRICA 2012 traz novidades esse ano: 300.000 dólares de prémio (uma boa massa) e os participantes devem entrar aos pares (entre amigos/amigas, pais/mães, maridos/esposas ou namorados/namoradas). Todos os pares devem vir do mesmo país e ser maior de 21 anos, ter um passaporte válido e falarem inglês. 

Se tiveres interessado, poderás adquerir o formulário para inscrições na sede da MultiChoice Angola, ou em qualquer das suas lojas ou ainda on-line pelo site oficial www.mnetafrica.com/bigbrother. Podes também preencher o formulário a partir do site citado anteriormente e enviar para bba@endemol.co.za que estarão disponível já no dia 5 de Fevereiro até 27 do mesmo mês deste ano (2012).

Você deverá ser divertido, coerente, criativo, expressivo, original, e ter flexibilidade social para conviver em proximidade com os outros, e ser tolerante com as opiniões e estilos de vida diferentes do seu.

                                                                                                                  por: Eddie Valmont 
                                                                                                                                                        fonte: Jornal de Angola

O QUE FARIAS POR 300.000 U$D?

Para alguns de nós a quantia de 300.000 dólares não é grande coisa. Talvez acabaríamos por esbanjar num estalar de dedos, mas para muitos de nós esse dinheiro chega para concretizar vários sonhos e algo mais. E tu, o que farias com essa massa? Compravas o carro dos teus sonhos? Viajas por alguns países? Ou será que investirias em um negócio rentável? Bem, partindo do princípio que somos todos diferentes, é lógico que cada um deu uma resposta diferente do outro. 

Quando o assunto é dinheiro, parece que o ser-humano tem uma pré-disposição nata para ser um tanto quanto ganancioso e muitos fariam o impensável para por no bolso uma quantia como esta, ainda mais nos dias de hoje em que vivemos a bem conhecida crise financeira/económica. Um montante assim seria bem-vindo, sem dúvidas. Porém, o que tu farias para levar em casa todo esse dinheiro? Farias horas extras no escritório?  Garimpavas? (Só para salientar que o termo garimpar aqui usado significa trabalhar em mais de uma empresa). Pousavas nu/nua para uma revista? Vendias um bom amigo?

Bem, esta pergunta não é retórica, o que implica dizer que você deve responder. Vai reflectindo em torno dela, e depois podes responder-la num caderno, na sua mente, ou no seu Facebook. De qualquer das formas, o Big Brother África vem aí, e com certeza veremos na habitual casa africana várias pessoas a viveram um dog eat dog world (situação em que todo mundo prejudica o um ao outro para o benefício pessoal) para arrecadarem essa montante. É isso mesmo, o Big Brother África está a oferecer 300.000 U$D ao vencedor do concurso. Fique ligado.

                                                                                                                         por Xexé Goreth

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


KUDURO um estilo muito Mangolé
                                              por Eddie Valmont*

Independentemente de ser a velha ou a nova escola, o Kuduro é de longe o estilo musical que mais danças e toques criou, copiou, evoluir, e/ou mudificou em Angola. A dança – elemento muito importante na música – desde cedo acompanhou este estilo. Termos como Açucar, Jaracusa, Mbruntutu, Ndomboló, Mana Me Abre, Xcabelé Belé, e Ladjum são apenas alguns exemplos de danças que acompanharam o estilo, e não vamos esquecer que o próprio nome Kuduro, antes de música era uma dança, sendo esta a dança que deu o nome a música. Hoje e como dantes é quase impossivel separar o Kuduro música do Kuduro dança.

Então o que é o Kuduro?
O Kuduro é um estilo de música popular electrónica com um instrumental caracterizado em beats (batidas) fortes e rítmicas, acompanhado com uma voz muito singular que pode tanto simplesmente ser uma fala, também conhecidas por noias ou dicas, como um canto com ou sem rimas. Música dançante e contagiante e de origem angolana, vem, desde há já algum tempo para cá, sendo um dos estilos mais ouvidos na  playlist favorita pública, tanto em casa, como em festas, raves e discotecas.

Como surgiu?
Podemos em poucas palavras dizer que o Kuduro surge sobre a influência do Tecno e Pop norte americano dos anos 80s e princípio dos anos 90s. Estes dois últimos estilos e mais um pouco do Semba e do Cazucuta (ambos estilos musicais angolanos) acabaram por criar um estilo essencialmente electrónico e dançante.

E os seus percursores?
Nomes como Tony Amado, Sebem, Queima Bilhas, Rei Tá Nice e Semal podem agora não ser muito ouvidos e/ou falados, mas a verdade é que foram eles quem fizeram a existência do Kuduro como música. Em particular os toques de dança do Tony Amado e as noias/dicas do Sebem (ainda hoje se descute quem, dentre os dois, realmente inventou o Kuduro, assunto que o Múzika Café não vai responder neste artigo) foram como que a carne e o osso para que o Kuduro podesse afirmar-se como música e dança num ambiente em que o Pop, o Tecno, o Zouk, a Kizomba e o Hip Hop dominavam os ouvidos do público e enchiam as pistas de dança. 

Como está o Kuduro hoje?
Ao longo do percurso do Kuduro houve muitos cantores e alguns deles cantaram ou cantam de uma forma peculiar/singular que acabou por influenciar outros cantores (de Kuduro e não só). Partindo deste princípio, o ritmo de Kuduro que o Tony Amado cantava não era igual ao do Sebem da mesma forma que o ritmo do Bruno M não é igual ao dos Lambas. Sendo assim, o Múzika Café decidiu devidir os kuduristas (fazedores do estilo Kuduro) em gerações.

·         A 1ª Geração cantou um Kuduro basicamente em noias onde nota-se constantemente a ausência de rimas.
·         A 2ª Geração, já um pouco sob a influência do Hip Hop, usou rimas, diminuiu as noias e criou um beat ligeiramente mais acentuado que a geração anterior.
·         A 3ª Geração, que é a que vivemos hoje, é muito mais rica em rimas. As noias (Kuduro clássico) ainda continuam, embora haja cada vez mais Kuduros cantados do que os simplemente falados.

      Nota: recentemente vivemos uma nova vibe /vaib/ (onda) onde o Kuduro parece ter convergido com o Rap e o House Music ou vice-verça ou verça-vice e temos (nada oficial, repido, nada oficial) algo como um novo ritmo de Kuduro com beats parecido ao House com um canto um tanto quanto Rap a que o Múzika Café tomou a liberdade de chamar a este novo estilo Karga Music. Cantores como Big Nelo, JD, Mister K, Game Walla, Francis Boyz, etc parecem estar a cantar uma nova forma de Kuduro – o Karga Music. Quem sabe, talvez, daqui a algum tempo teremos uma 4ª Geração de Kuduro denominada Karga Music.    

                                                                                                 *Licenciado em Linguística, Escritor e Designer Gáfico







sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

House Music e Afro Music afastam Kuduro da Playlist do público

Actualmente vivemos uma febre dos estilos musicais House Music (de origem Norte Americana) e o Afro House (de origem Africana). Estes dois estilos com uma característica dançante e contagiante vêm vibrando não só com as casas noturnas em Angola e pelo mundo fora, por exemplo o Ibiza House Hits, na Espanha, como também as festas e raves.

O estilo House não afectou apenas o público como também os próprios cantores. Tantos os consagrados como os wanna-bes, todos neste momento estão a cantar alguma forma de House. Celebridades internacionais como Chris Brown, Rihanna e Snoop Doggy são apenas alguns nomes para sitar.

Em Angola a coisa não foi diferente. Alguns cantores de Rap e do próprio estilo Kuduro optaram por cantar House, impulcionando ainda mais a decadência do Kuduro. Porém, como dissemos na abertura desse artigo, vivemos uma febre do House Music e quiçá ela passará, dando de volta o lugar que o estilo bwé angolano, Kuduro, levou anos à conquistar tanto a nível nacional como a nível internacional.

                                                                                      por Eddie Valmont (designer grafico e web designer)